Mulher é condenada a 20 anos de prisão por manter filho em caixa de transporte de pet

Por Redação Diário do Nordeste 01/03/2024 - 22:01 hs
Foto: Reprodução/Tribunal de Krems
Mulher é condenada a 20 anos de prisão por manter filho em caixa de transporte de pet
A criança foi encontrada em coma, com hipotermia, e foi transferida para o hospital

Uma mulher foi condenada, na quinta-feira (29), a 20 anos de prisão por quase matar o filho de 12 anos, trancando-o em uma gaiola de transporte para cachorros na Áustria. Após sete horas de julgamento, o tribunal austríaco considerou a acusada, de 33 anos, culpada por tentativa de assassinato, tortura de menores e sequestro.

Ainda há outra pessoa envolvida no caso. Uma suposta cúmplice, amiga da acusada, teria incitado o "uso contínuo de violência" contra a criança, por meio de mensagens de chat e ligações telefônicas, e foi condenada a 14 anos de prisão.

Por ordem do tribunal, ela deverá ser internada em uma clínica de psicologia forense, pois a avaliação psiquiátrica mostrava "transtornos psíquicos graves e duradouros", sem abolir a "capacidade de discernimento".

O menino, agora com 13 anos, ficou "completamente destruído", afirmou a presidente do tribunal penal. De acordo com a agência APA, a mãe da criança alegou, durante o julgamento, que queria "disciplinar" o filho e estava "terrivelmente arrependida pelo ocorrido".

Segundo o jornal austríaco Der Standard, a polícia o levou de volta para casa.

CRIME

A criança foi encontrada em coma, com hipotermia, e foi transferida para o hospital em 22 de novembro de 2022. A mãe, solteira e desempregada, foi detida no dia seguinte em Krems, oeste de Viena.

Conforme as investigações, a acusada jogava água fria no menino enquanto abria as janelas do apartamento, apesar das temperaturas externas abaixo de zero. Ela teria o violentado por meses. A vítima pesava 40 quilos quando foi encontrado. Além de ser agredido, foi impedido de se alimentar, amarrado e trancado em uma jaula de transporte para cães.

A defesa da mulher alegou possíveis falhas das autoridades quando a escola emitiu relatórios.

Diário do Nordeste